Que tal relembrar o que de melhor aconteceu em 2010?

O primeiro mês do ano já terminou e muitas novidades já rolaram, como os tão aguardados singles de Britney Spears, Avril Lavigne e Colbie Caillat; A passagem pelo Brasil de nomes como Amy Winehouse e Christina Aguilera; A divulgação dos tão esperados nomes para o Rock In Rio 2011: Katy Perry, Rihanna, Elton John, Red Hot Chilli Peppers, entre outros. Porém, o primeiro ano da nova década foi marcado por inúmeros fatos que deveras deixarão 2010 lembrado por muito tempo. Fatos estes que podemos nomear como: Os filhos da geração 2000.

Começando pela revelação do ano: Ke$ha. Jovem, loira, bonita, ... Com o perfil exato para ser apenas mais uma cantora pop. Porém, ela destacou-se. Em música: pouca voz e muito auto-tune. Em estilo: muito brilho e pouco glamour. Polêmicas à parte, o seu single de estreia conseguiu liderar as paradas musicais em mais de 12 países, sem contar as 9 semanas no topo do Hot 100 da Billboard. "TiK ToK" levou, ainda, o título de canção do ano pelo chart norte-americano. Afinal, quem disse que é preciso ter vozeirão para ser diva?

Lady Gaga também fez história em 2010. A boa repercussão de "Bad Romance", carro-chefe do EP "The Fame Monster" lançado no final de 2009, fez com que a cantora investisse alto em seus novos singles, com videoclipes - não seriam curta-metragens? - mega-produzidos, tornando-os ainda mais interessantes. A parceria - ou troca de favor - com Beyoncé, rendeu o polêmico filme de "Telephone". Como polemizar virou clichê para Gaga, surge "Alejandro". No vídeo, influências explícitas de "Like A Prayer", de Madonna, e "Rhythm Nation", de Janet Jackson.

O ano também teve espaço para astros teens. Porém, um merece maior destaque: Justin Bieber. O garoto de apenas 16 anos que arranca gritos ensurdecedores por onde passa, fechou 2010 com alguns títulos que - convenhamos - deixa qualquer artista experiente com inveja. Seu EP/álbum "My Worlds" entrou para o top 10 dos mais vendidos em mais de 20 países; Seu nome foi um dos mais citados na internet; O videoclipe de "Baby" continua entre os mais visualizados do YouTube e o single desta música foi #1 em mais de 14 países. Mas, cuidado: suas fãs são verdadeiras adolescentes-suicidas, capaz de fazerem qualquer coisa pelo ídolo - Selena Gomez que o diga.

E a cereja do bolo: Katy Perry! Depois de estrear beijando - ? - uma garota e apelar para um EP acústico da MTV, ela volta com um trabalho muito mais autêntico. O sucesso do primeiro - e pegajoso - single, "California Gurls", levou-a a permanecer no topo do Hot 100 da Billboard por 6 semanas consecutivas. Apesar disso, o responsável pelo sucesso do "Teenage Dream" foi o single homônimo ao álbum, presenteando-a novamente com o pico do chart. Com letra e vocais mais maduros, Perry não poupou divulgação para este, estendendo-se depois ao sucessor, "Firework". Conquistando três #1 consecutivos, 2010 consagrou a cantora como uma das mais bem sucedidas da nova geração.

Outros destaques do ano que não podemos esquecer: Rihanna e as suas incontáveis parcerias; Nicki Minaj, a Lady Gaga do hip-hop; Bruno Mars que chegou como featuring e hoje estoura com seu primeiro álbum; Drake - agradeça-o depois, ok?; Lady Antebellum, pois o country não vive só de Taylor Swift; Susan Boyle, ironicamente diva e Glee, a série que todo artista deseja ouvir sua música.

Em solo verde-amarelo, o pop não estava em alta, mas a banda revelação Restart foi a grande - e colorida - sensação do ano. As cantoras que mais esperávamos estourar, nem fizeram tanto barulho. Wanessa e Sandy lançaram seus singles, mas sem muito resultado. Quem dominou as rádios brasileiras foi o sertanejo universitário, de nomes como Fernando & Sorocaba, Michel Teló e Luan Santana. Este último, por exemplo, emplacou três hits #1.

E entrando de vez para a rota dos shows internacionais, o Brasil foi palco de grandiosas turnês de nomes consagrados, como: Metallica, Beyoncé, a-ha, Guns N' Roses, Linkin Park, Anahí, Green Day e o idolatrado Paul McCartney.

2010 foi um ano diferencial, comparado aos anteriores a seu século, pois os grandes nomes já conhecidos não fizeram tanto sucesso como os novos rostos apresentados durante os últimos dez anos.